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Enquanto o prefeito Felipe Costella (PL) destina impressionantes R$ 414.052,00 para a aquisição de medalhas, troféus e placas de homenagem por meio do Pregão Eletrônico nº 12/2025, cuja abertura está marcada para o dia 17 de fevereiro de 2025, a saúde pública em Esteio enfrenta um histórico de abandono e negligência. O Hospital São Camilo, principal referência de atendimento no município, tornou-se palco de paralisações, denúncias e protestos, expondo uma crise que se arrasta há anos.
A crise na saúde de Esteio: um histórico de abandono
Agosto de 2024: Funcionários do Hospital São Camilo paralisaram as atividades por 12 horas, denunciando o não pagamento do piso da enfermagem. Essa paralisação foi um grito de socorro dos profissionais, que lidavam com atrasos salariais e ausência de valorização, mesmo após a aprovação do piso nacional da categoria.
Novembro de 2024: Trabalhadores voltaram a protestar, desta vez exigindo o pagamento retroativo do piso da enfermagem, previsto em lei e ignorado pela gestão pública. A situação se agravava, com relatos de profissionais sobrecarregados, sem condições adequadas de trabalho, enquanto o atendimento à população ficava cada vez mais precário.
Fevereiro de 2025: Enquanto os problemas na saúde persistem, a Prefeitura lança o Pregão Eletrônico nº 12/2025, com um valor estimado de mais de R$ 414 mil, para a aquisição de medalhas e troféus. Esse gasto, embora destinado a eventos e homenagens, contrasta brutalmente com a realidade vivida pelos profissionais da saúde e pelos pacientes que dependem do Hospital São Camilo.
Medalhas ou saúde? A pergunta que ecoa em Esteio
A destinação de R$ 414 mil para medalhas e troféus contrasta com a precariedade da saúde pública local. Enquanto recursos são alocados para itens simbólicos, os enfermeiros, técnicos e auxiliares enfrentam condições de trabalho insalubres, falta de pagamentos e pressão emocional. O que é mais importante para a gestão municipal: homenagear com medalhas ou garantir saúde de qualidade para a população?
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Onde estão os vereadores?
Além do prefeito, os vereadores recém-eleitos também precisam ser cobrados. Entre eles, Fernando Luz (PP), Fábio Neumann (PT) e Derli Scienza (PL), que em suas campanhas prometeram fiscalizar rigorosamente os gastos públicos e priorizar as necessidades básicas da população. Até agora, pouco foi feito para questionar o destino desse dinheiro.
A pergunta que fica é: onde estão as ações concretas para resolver a crise no São Camilo? Por que nenhum vereador levantou a voz contra a destinação de mais de R$ 400 mil para medalhas enquanto os profissionais da saúde, que salvam vidas todos os dias, mal conseguem receber o que lhes é devido?
O povo exige respostas
A saúde pública em Esteio não pode mais ser tratada como secundária. Felipe Costella e sua administração precisam explicar como pretendem resolver a crise no São Camilo enquanto gastam recursos em iniciativas que não atendem às necessidades mais urgentes da população.
A história da crise na saúde de Esteio é longa e dolorosa, mas a população não pode mais esperar. O povo exige ações reais e prioridades claras, não medalhas ou homenagens simbólicas enquanto vidas continuam em risco. Fontes
Sou moradora do município de esteio do novo esteio. E funcionária da prefeitura. Sempre bom ter informações sobre tudo né